Rentabilidade recente de fundos de ações abertos no Brasil: análise da performance de um grupo de fundos de gestão ativa em relação às taxas de administração praticadas pelos gestores

Autores

  • Sergio Ricardo Mendes Vasconcelos PUC/SP -
  • Silvana Festa Sabes PUC/SP -
  • Alexandre Gonzales PUC/SP -

DOI:

https://doi.org/10.21710/rch.v16i0.290

Palavras-chave:

fundos de ações, IBX, information ratio, taxa de administração

Resumo

O presente artigo visou avaliar a performance de um grupo específico de fundos de gestão ativa, relacionando-o às taxas de administração praticadas pelos gestores, de forma a

responder ao seguinte problema de pesquisa: os fundos abertos de ações com gestão ativa, que cobram taxas de administração altas, são aqueles que propiciam as melhores rentabilidades para o investidor? O objetivo foi testar a hipótese sob a qual se evidencia que os fundos que cobraram as maiores taxas são aqueles que apresentaram as melhores performances avaliadas, de acordo com a média de rentabilidade dos últimos cinco anos. Para atingir esse objetivo, foi realizado um estudo de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, tendo como objeto de estudo a rentabilidade dos Fundos de Ações brasileiros classificados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) como Fundos de Ações IBX Ativo, não exclusivos (abertos), no período de 2010 a 2014. As rentabilidades analisadas foram calculadas a partir do Information Ratio, índice que mede a rentabilidade ajustada ao risco da classe de ativos. O estudo concluiu não haver correlação entre a performance dos fundos e as taxas de administração cobradas.

Biografia do Autor

Sergio Ricardo Mendes Vasconcelos, PUC/SP -

Aluno do Curso de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis da PUC/SP.

Silvana Festa Sabes, PUC/SP -

Aluno do Curso de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis da PUC/SP.

Alexandre Gonzales, PUC/SP -

Professor Dr em Ciências Contábeis pela USP/SP e Mestre em Ciências Contábeis pela PUC/SP. Professor do Programa de Estudos Pós-Graduados de Mestrado em Ciências Contábeis e Atuariais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo/SP

Referências

ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Consolidado Diário por Tipo da Indústria de Fundos de Investimento. Disponível em: <http://portal.anbima.com.br/informacoes-tecnicas/estatisticas/ind-de-fundos/Pages/default.aspx> . Acesso: out. 2015.

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. São Paulo: Editora Atlas, 2014.

BOULIER, J.-F.; DUPRÉ, D. Gestão financeira dos fundos de pensão. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.

CALDEIRA, R.T.; ODA, A.L. Avaliação de Performance de Fundos de Investimento Multimercados: diferenças entre fundos pequenos e grandes investidores. X Semana da Administração-SEMEAD, 2007.

CASTRO, R.; ACCIOLY, F.M.; MARIA, A. Comparação do Desempenho dos Fundos de ações Ativos e Passivos. Revista Brasileira de Finanças. Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 143-161, 2009.

CERETTA, P.S.; COSTA JUNIOR, N.C.A. Avaliação e seleção de fundos de investimento: um enfoque sobre múltiplos atributos. Revista de Administração Contemporânea. Curitiba, v. 5, n. 1, p. 7-22, 2001.

CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Portal do Investidor. Disponível em: <http://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valores_mobiliarios/FundodeInvestimento409>. Acesso: out. 2015.

DALMÁCIO, F.Z.; NOSSA, V.; ZANQUETTO FILHO, H. Avaliação da Relação entre Performance e a taxa de administração dos fundos de ações ativos brasileiros. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC). São Paulo, v. 1, n. 3, ago.-nov., 2007.

DIEHL, A.A. Pesquisa em ciências sociais aplicadas: métodos e técnicas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

FERREIRA, R.L.S.; SANTOS, D.F.L. Análise do desempenho dos filtros de Graham e o modelo de Elton-Gruber para o Brasil entre 2008 e 2012. Revista Brasileira de Administração Científica. Aracaju, v. 5, n. 3, 2014.

FORTUNA, E. Mercado Financeiro. 19. ed. Rio de Janeiro: Qualimark, 2013.

FREGNANI, C.A. Avaliação de desempenho das ações ordinárias dos principais bancos de grande porte pelo índice de Sharpe, Treynor, Jensen e Modigliani e Modigliani. 108 p. Dissertação de Mestrado em Administração de Empresas. PUC/SP. São Paulo/SP, 2009.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil Ltda, 1984.

KIDD, D. The Sharpe Ratio and the Information Ratio. Charlottesville, VA, Estados Unidos: Investment Performance Measurement Feature Articles. n. 1, 2011. Disponível em: <https://www.cfainstitute.org/Pages/index.aspx>. Acesso em: jun. 2016.

LAES, M.A. Análise da performance dos fundos de investimentos em ações no Brasil. 78p. Dissertação de Mestrado em Economia. FEA/USP. São Paulo/SP, 2010.

OLIVEIRA FILHO, E.C. Desempenho de Fundos de Investimento em Ações Brasileiros. 96p. Dissertação de Mestrado em Administração de Empresas. FGV/SP. São Paulo/SP, 2008.

OLIVEIRA FILHO, B.G.; SOUZA, A.F. Fundos de Investimentos em ações no Brasil: métricas para avaliação de desempenho. Revista de Gestão. São Paulo, v. 22, n. 1, p. 61-76, jan./mar. 2015.

PINHEIRO, J.L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

SWENSEN, D.F. Desbravando a gestão de portfólios: uma abordagem não convencional para o investimento institucional. São Paulo: BEÎ Comunicação, 2014.

Downloads

Publicado

2016-10-22

Como Citar

Vasconcelos, S. R. M., Sabes, S. F., & Gonzales, A. (2016). Rentabilidade recente de fundos de ações abertos no Brasil: análise da performance de um grupo de fundos de gestão ativa em relação às taxas de administração praticadas pelos gestores. Revista Científica Hermes, 16, 176–196. https://doi.org/10.21710/rch.v16i0.290

Edição

Seção

Artigos