Moedas digitais e religião: o uso do bitcoin nas finanças islâmicas
DOI:
https://doi.org/10.21710/rch.v27i0.537Palavras-chave:
finanças islâmicas, Bitcoin, diversificação de portfóliosResumo
O Bitcoin utiliza a tecnologia de um sistema de registro de transações em rede de dados Peer-to-Peer (P2P), conhecida como Blockchain, ou cadeia de blocos, para ser transferido, comprado e vendido, sem necessidade de autenticação e verificação de uma terceira parte. Trata-se, pois, de uma Criptomoeda, como outras menos conhecidas, como litecoin, worldcoin, solidcoin, ixcoins, coinbuck, betacoin, tenebrix. zcash, para citar algumas dentre as mais de mil que existem atualmente. Uma de suas características básicas é não contarem com uma autoridade central responsável pela liquidação e compensação das transferências realizadas, a partir de mecanismos institucionalizados. Devido à crescente popularidade e importância do Bitcoin, investidores e pesquisadores começaram recentemente a avaliar o Bitcoin sob a perspectiva de negócios, economia e finanças islâmicas, em que as práticas de cobrança e pagamento de juros, incertezas e especulação são condenáveis à luz da Shariah ou Lei Islâmica. Este artigo explora as possibilidades de usar o Bitcoin como uma estratégia de otimização de portfólio para os gestores de fundos islâmicos. Para atingir o objetivo da pesquisa, foram utilizadas três modelagens econométricas: DCC-GARCH (Dynamic Conditional Correlation), CWT (Continuos Wavelet Transform) e MODWT (Maximal Overlap Discrete Wavelet Transform). Os resultados indicam que os índices de ações Bitcoin e Shariah são baixos e negativamente correlacionados, sugerindo que os investidores em ações islâmicas possam se beneficiar da diversificação com o Bitcoin e que os fundamentos de tais moedas podem ser mais investigados em benefício dos mercados de capitais islâmicos.
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