Gastos com assistência médica de um conglomerado de empresas com base nos índices da Agência Nacional de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.21710/rch.v24i0.384Palavras-chave:
gestão em saúde, custos, saúde suplementar, assistência em saúde, gestão de operaçõesResumo
Esta pesquisa avaliou o perfil dos gastos com assistência médica de um conglomerado de empresas com aproximadamente 50 mil trabalhadores, por meio de um levantamento retrospectivo, descritivo, quantitativo e documental. Em 12 meses, o gasto foi de R$ 41.881.573,00 (média mensal per capita de R$ 68,56), sendo as principais despesas: 40,2% internações, 31,2% exames eletivos, 16,7% consultas eletivas. Os índices de utilização de serviços foram: 3,1 consultas / assegurado / ano, 7,42 exames / assegurado / ano, 2,4 exames / consulta, 9,92% internações no ano. Os usuários eram mais jovens que a média nacional, e o padrão de utilização dos serviços estava abaixo dos indicadores divulgados pela ANS, porém acima dos parâmetros do Sistema Único de Saúde. O percentual de gastos com diagnósticos se justifica, em parte, pela baixa remuneração e pouco tempo destinado às consultas, além da prática da medicina defensiva. Esses resultados podem auxiliar no planejamento de ações para aperfeiçoar a indicação de exames, aumentando a eficiência da gestão da operadora de saúde.
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