O impacto das oscilações da Selic no deslocamento de investimentos em fundos ICVM 555 no período de 2016 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.21710/rch.v34i1.673Palavras-chave:
fundos de investimento, instrução nº 555 CVM, captação líquida, Brasil, causalidade de GrangerResumo
Um dos grandes desafios para os investidores é identificar como, quando e onde investir para um maior retorno do dinheiro aplicado e com menor risco possível. Seguindo esse raciocínio o objetivo deste trabalho foi identificar os fundos de investimentos regidos pela instrução nº 555 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que foram mais sensíveis às variações da Taxa Selic no período de janeiro de 2016 a março de 2020. As oscilações nos fundos são analisadas pelas séries que captam o deslocamento dos investimentos: captação líquida, aplicações, resgates e número de cotistas. Utilizou-se como referência a classificação estabelecida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais, entre fundos de renda fixa, fundo de ações, multimercado e cambial. A metodologia contou com análise documental dos dados secundários, estatística descritiva, análise de correlação não paramétrica de Spearman e teste de causalidade de Granger. Os resultados encontrados revelam que a captação líquida total dos fundos multimercado, número de cotistas dos fundos multimercado, número de cotistas do fundo cambial, total de aplicações em fundo de renda fixa, total de aplicações em fundos multimercado e total de resgates em fundos multimercado são as séries que são diretamente precedidas por oscilações na taxa Selic, no período analisado, indicando que esta poderia auxiliar na previsão dos seus movimentos futuros.
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