Cidades com grande fluxo de pessoas: um fator negativo para a sua sustentabilidade?

Autores

  • Giulia Xisto de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria
  • Debora Vestena Universidade Federal de Santa Maria
  • Carlos Rafael Röhrig da Costa Universidade Federal de Santa Maria
  • Roberto Schoproni Bichueti Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.21710/rch.v28i0.555

Palavras-chave:

cidades globais, fluxo de pessoas, sustentabilidade

Resumo

O intenso fluxo de pessoas nas cidades é considerado uma atividade que se relaciona diretamente com questões de sustentabilidade. Tendo em vista a relevância deste tema, o presente estudo teve como objetivo central analisar a relação entre fluxo de indivíduos e a sustentabilidade em cidades globais. Para tanto, foram realizados testes estatísticos como correlação bivariada e regressão múltipla, além de uma breve descrição das cidades destacadas. Como resultados, percebe-se que há uma forte correlação entre diversas dimensões do fluxo de pessoas e do desenvolvimento urbano sustentável das cidades. Compreende-se que dependendo do grau de maturidade das cidades, o grande fluxo de pessoas pode causar pressões positivas no pleno desenvolvimento das dimensões ambiental, social e econômica. As cidades que mais se destacam, tanto em fluxo de pessoas, como em sustentabilidade, são Paris, Amsterdam, New York, Londres e São Francisco. Já as que menos se destacam em visitações e, também, em sustentabilidade, são Lima, Cairo, Mumbai, Manila, Chengdu, Jakarta, Delhi e Rio de Janeiro.

Referências

Arcadis. Sustainable Cities Index 2018. (2018). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://www.arcadis.com/en/global/our-perspectives/sustainable-cities-index-2018/citizen-centric-cities/

Balbim, R. O., Krause, C. O. & Linke, C. C. O. (2016). Cidade e movimento: mobilidades e interações no desenvolvimento urbano. IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Barbosa, J. L. (2016). O significado da mobilidade na construção democrática da cidade. IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

Berry, C. R. & Glaeser, E. L. (2005). The divergence of human capital levels across cities. Papers in Regional Science, 84(3): 407-444.

Bibri, S. E., & Krogstie, J. (2017). Smart sustainable cities of the future: An extensive interdisciplinary literature review. Sustainable Cities and Society, 31,183-212.

Borges, E. D. M., Cunha, D. F. D., Costa, E. M. D. & Barreira, C. C. A. M. (2018) Desenvolvimento urbano sustentável e planejamento ambiental: impactos da expansão urbana e provisão habitacional na recente crise hídrica que atinge a RM de Goiânia. Revista Franco-Brasilera de Geografia.

Campbell, S. (1996). Green Cities, Growing Cities, Just Cities?: Urban Planning and the Contradictions of Sustainable Development. Journal of the American Planning Association.

Capmas (2018). Population. Recuperado em 10 novembro, 2019, de http://www.capmas.gov.eg/Pages/populationClock.aspx

Castells, M. (1996). The information age: economy, society and culture. Malden: Blackwell.

Castells, M. & Hall, P. (1994). Las tecnópolis del mundo: la formación de los complejos industriales del siglo XXI. Madrid: Alianza Editorial.

CBS. Open Data. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://opendata.cbs.nl/statline/#/CBS/nl/dataset/03759NED/table?ts=1551192262284

Census Bureau. (2010). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://factfinder2.census.gov/faces/tableservices/jsf/pages/productview.xhtml?pid=DEC_10_SF1_GCTPH1.ST10&prodType=table

Census India. (2011). Recuperado em 10 novembro, 2019, de http://www.censusindia.gov.in/2011-prov results/paper2/data_files/India2/Table_2_PR_Cities_1Lakh_and_Above.pdf

City Population.(2011). Recuperado em 10 novembro, 2019, de http://www.citypopulation.de/php/india-maharashtra.php

Cooke, P. (2008) Regional Innovation Systems, Clean Technology & Jacobian Cluster-Platform Policies. Regional Science Policy& Practice,1(1): 23-45.

Cooke, P. & Porter, N. (2009). Regional-National Eco-innovation interactions, OECD Environmental Working Paper, OECD, Paris.

Crouch, G. I., & Ritchie, J. B. (2000). The competitive destination: A sustainability perspective. Tourism management,21(1), 1-7.

Demographia. Demographia World Urban Areas. (2019). Recuperado em 10 novembro, 2019, de http://www.demographia.com/db-worldua.pdf

Euromonitor. (2018). Top 100 city destination. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://go.euromonitor.com/white-paper-travel-2018-100-cities.html

Gil, A. C. (2018). Como elaborar projetos de pesquisa (6.ed.). São Paulo: Atlas.

Hammer, J. & Pivo, G. (2017) The triple bottom line and sustainable economic development theory and practice. Economic Development Quarterly, 31(1): 25-36.

Hair, J. F Jr. et al. (2009). Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman.

Harrison, C., & Donnelly, I. A. (2011). A theory of smart cities. In Proceedings of the 55th Annual Meeting of the ISSS-2011, Hull, UK 55(1).

BGE. (2019). Cidades. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama

Inei. Estimaciones y Proyecciones de Población Total 2000-2015. Recuperado em 10 novembro, 2019, de http://proyectos.inei.gob.pe/web/biblioineipub/bancopub/Est/Lib1020/

Insee. Estimation de la population au 1ᵉʳ janvier 2019. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://www.insee.fr/fr/statistiques/1893198

Kim, H., Stepchenkova, S. & Babalou, V. (2018). Branding destination co-creatively: A case study of tourists' involvement in the naming of a local attraction. Tourism Management Perspectives,28: 189-200.

Malhotra, N. K. (2012). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada (6. ed.). Porto Alegre: Bookman.

Marques, Suelem Bertollo, Bissoli-Dalvi, Márcia, & Alvarez, Cristina Engel de. (2018). Políticas públicas em prol da sustentabilidade na construção civil em municípios brasileiros. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana,10 (Suppl. 1), 186-196. Epub July 30, 2018.https://doi.org/10.1590/2175-3369.010.supl1.ao10

Martins, M. D. F., & Cândido, G. A. (2015). Modelo de avaliação do nível de sustentabilidade urbana: proposta para as cidades brasileiras. URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana,7(3), 397-410.

Mastercard. (2016). Global Destinations Cities Index. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://newsroom.mastercard.com/wp-content/uploads/2016/09/FINAL-Global-Destination-Cities-Index-Report.pdf

Moglia, M., Cork, S. J., Boschetti, F., Cook, S., Bohensky, E., Muster, T., & Page, D. (2018). Urban transformation stories for the 21st century: Insights from strategic conversations. Global Environmental Change, 50: 222-237.

Muller, C. C. (1995). As Contas Nacionais e os custos ambientais da atividade econômica. Análise Econômica,13 (23 e 24).

NYC. Population - Currentand Projected Populations. (2018). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://www1.nyc.gov/site/planning/planning-level/nyc-population/current-future-populations.page

ONS. Estimates of the population for the UK, England and Wales, Scotland and Northern Ireland. (2018). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://www.ons.gov.uk/peoplepopulationandcommunity/populationandmigration/populationestimates/datasetspopulationestimatesforukenglandandwalesscotlandandnorthernireland

Open Data. (2014). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://web.archive.org/web/20151208094445/http://data.jakarta.go.id/dataset/data-jumlah-penduduk-dki-jakarta

PSA. Highlights of the Philippine Population 2015 Census of Population. (2015). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://psa.gov.ph/content/highlights-philippine-population-2015-census-population.

PWC. Global city gdp rankings 2008-2025. (2009). Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://pwc.blogs.com/files/global-city-gdp-rankings-2008-2025.pdf

Silva, G. J. A.; Romero, M. A. B. (2010). Urbanismo sustentável no Brasil e a construção de cidades para o novo milênio.

Scott, A. J. (1998). Regions and the world economy: the coming shape of global production, competition, and political order. Oxford: Oxford University Press.

WTTC. (2018). Destination 2030: Global Cities’ Readiness For Tourism Growth. 2018. Recuperado em 10 novembro, 2019, de https://www.wttc.org/publications/2019/destination-2030/

Downloads

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Xisto de Oliveira, G., Vestena, D., Röhrig da Costa, C. R., & Schoproni Bichueti, R. (2020). Cidades com grande fluxo de pessoas: um fator negativo para a sua sustentabilidade?. Revista Científica Hermes, 28, 425–446. https://doi.org/10.21710/rch.v28i0.555

Edição

Seção

Artigos