Estresse e satisfação no trabalho: um estudo entre gestores da área comercial

Autores

  • José Wilson Franca Lelis Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Neusa Maria Bastos Fernandes Santos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Igor Polezi Munhoz Instituto Federal de São Paulo - IFSP campus Pirituba
  • Alessandra Cristina Santos Akkari Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.21710/rch.v20i0.371

Palavras-chave:

estresse ocupacional, satisfação no trabalho, gestor comercial, função gerencial

Resumo

O objetivo deste estudo é analisar o nível de estresse e o grau de satisfação relacionado ao trabalho e verificar se existe correlação entre esses dois parâmetros, considerando gestores da área comercial. A amostra foi formada por 114 gestores, que responderam ao questionário eletrônico, constituído por três partes: Perfil dos respondentes, Escala de Estresse no Trabalho e Escala de Satisfação no Trabalho. O escore médio de estresse obtido foi de 2,24, indicando nível médio de estresse ocupacional e destacando o tempo insuficiente para realizar o volume de trabalho como fator estressor. Em quatro das dimensões de satisfação no trabalho o escore médio foi classificado como estado de indiferença, havendo tendência à insatisfação no tocante à questão de remuneração. O teste de correlação de Spearman demonstrou que o estresse apresenta correlação negativa e significância estatística com as cinco dimensões de satisfação no trabalho, apontando que, quanto menor a satisfação no trabalho, maior o estresse. Este estudo impulsiona reflexões sobre práticas e políticas, especialmente direcionadas para a área comercial, que tenham como enfoque a satisfação do indivíduo em seu ambiente laboral, a fim de otimizar o bem-estar pessoal e, consequentemente, a performance e a própria imagem organizacional.

Referências

ALBRECHT, K. Stress and the manager. London: Prentice-Hall, 1979.

AKTOUF, O. Pós globalização, administração e racionalidade econômica: a síndrome do avestruz. São Paulo: Altas, 2004.

CHANLAT, J.F. Mitos e realidades sobre o estresse dos gerentes. In: DAVEL,E. ; MELO, M.C.O.L. Gerência em ação: singularidades e dilemas do trabalho gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. pp. 29-65.

COOPER, C.L.; ARBOSE, J. Stress entre executivos de diversos países do mundo. International Management, v. 4,1984.

COUTO, H. A. Stress e qualidade de vida dos executivos. Rio de Janeiro: COP, 1987.

DAVEL, E.; MELO, M.C.O.L. Gerência em ação: singularidades e dilemas do trabalho gerencial. Editora FGV, Rio de Janeiro. 2005.

HOLMLUD-RYTKKONEN, M.; STRANDVIK, T. Stress in business relationships. Competitive Paper, the 19th Annual IMP Conference, Lugano, pp. 4-6, 2003. Disponível em <http://www.impgroup.org/uploads/papers/4355.pdf> . Acesso em: 25 jan. 2017.

JACQUES, M.G.C. Abordagens teórico-metodológicas em saúde/doença mental & trabalho. Psicologia & Sociedade, v. 15, n. 1, p. 97-116, 2003.

LAS CASAS, A.L. Administração de Vendas. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

LAZARUS, R.S.; FOLKMAN, S. Stress, Appraisal and Coping. New York: Springer Publishing Company, 1984.

LIMONGI-FRANÇA, A.C.; RODRIGUES, A.L. Stress e Trabalho: uma abordagem psicossomática. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2012.

LIPP, M.E.N. Pesquisas sobre stress no Brasil. Campinas: Papirus,1997.

LONGO, W. Uma abordagem científica de vendas na Era do Nexo. In: MAGALDI, S. Vendas 3.0: Uma nova visão para crescer na era das ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

MARGIS, R. Comorbidade no transtorno de estresse pós-traumático: regra ou exceção? Rev. Bras. Psiquiatr., v. 25, suppl. 1, p. 17-20, 2003.

MARTINS, M.C.F.; SANTOS, G.E. Adaptação e validação de construto da Escala de Satisfação no Trabalho. Psico-USF, v. 11, n. 2, p. 195-205, jul./dez. 2006.

MEDEIROS NETO, C.F. et al. Análise da percepção da fadiga, estresse e ansiedade em trabalhadores de uma indústria de calçados. J. Bras. Psiquiatria, v. 61, n. 3, p. 133-138, 2012.

MOTA, C.M.; TANURE, B.; CARVALHO NETO, A. Estresse e sofrimento no trabalho dos executivos. Psicologia em Revista, v. 14, n. 1, p.107-130, 2008.

NOGUEIRA, A.M. Teoria Geral da Administração para o século XXI. São Paulo: Ática, 2007.

PASCHOAL, T.; TAMAYO, A. Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia, v. 9, n. 1, p. 45-52, 2004.

PASCHOAL, T.; TAMAYO, A. Impacto dos valores laborais e da interferência família-trabalho no estresse ocupacional. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 21, n. 2, p. 173-180, 2005.

PEREIRA, L.Z.; BRAGA, C.D.; MARQUES, A.L. Estresse no trabalho: estudo de caso com gerentes que atuam em uma instituição financeira nacional de grande porte. Revista de Ciências da Administração, v. 10, n. 21, p. 175-196, 2008.

RAUFFLET, E. Os gerentes e suas atividades cotidianas. In: DAVEL, E.; MELO, M.C.O.L. Gerência em ação: singularidades e dilemas do trabalho gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

ROBBINS, S.P.; JUDGE, T.A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

ROMERO, S.M.; OLIVEIRA, L.O.; NUNES, S.C. Estresse no ambiente organizacional: estudo sobre o corpo gerencial. IV Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, Resende, 2007. Disponível em <http://www.aedb.br/seget/artigos07/1215_SEGET0701Stress.pdf> . Acesso em14 maio. 2017.

SADALLA NETO, S.F. Por que mudar de cidade? Uma análise da satisfação e desejo de mudança de lotação entre peritos da Polícia Federal em Belém e Brasília. 2012. 105f. Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2012.

SADIR, M.A.; LIPP, M.E.N. As fontes de stress no trabalho. Revista de Psicologia da IMED, v. 1, n. 1, p. 114-126, 2009.

MAGALDI, S. Vendas 3.0: Uma nova visão para crescer na era das ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

SAMPAIO, J.R.; GALASSO, L.M.R. Stress no mundo do trabalho: trajetória conceitual. In: LIMONGI-FRANÇA, A.C. ; RODRIGUES, A.L. Stress e Trabalho: uma abordagem psicossomática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

SANTOS, L.P.; WAGNER, R. Gerenciamento do Estresse Ocupacional: uma nova abordagem. In: IV SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, n., 4, 2007, Resende. Anais...Disponível em <http://www.aedb.br/seget/artigos07/265_Gerenciamento%20do%20Estresse%20Ocupacional%20Uma%20Nova%20Abordagem.pdf> . Acesso em: 29 set.2016.

SANTOS, P.S. Construção e Validação de Escala de Estresse Organizacional. 2012, 173f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações). Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

SERVINO, S. Fatores estressores em profissionais de tecnologia da informação e suas estratégias de enfrentamento. 2010, 142f. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação). Universidade Católica de Brasília, Brasília. 2010.

SELYE, H. Stress: a tensão da vida. São Paulo: Ibrasa, 1959.

SELYE, H. A reação individual à tensão. In: CHRISROLM, G.B. et al. O homem sob tensão. São Paulo: Cultrix, 1967.

SIQUEIRA, M.M.M. (Org.). Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed, 2008.

TAMAYO, A. Impacto dos valores da organização sobre o estresse ocupacional. RAC – Eletrônica, v. 1, n. 5, p. 20-33, 2007.

VAZ, D. V. Segregação hierárquica de gênero no setor público brasileiro. Nota técnica. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada–IPEA, Brasília, 2010.

WAGNER, J.A.; HOLLENBECK, J.R. Comportamento Organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2012.

ZILLE,L.P. ; BRAGA, C.D. ; MARQUES,A.L. Estresse no Trabalho: um desafio para os gestores das organizações brasileiras. REGE Revista de Gestão, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 401-413, jul./set. 2014.

Downloads

Publicado

2018-03-21

Como Citar

Lelis, J. W. F., Santos, N. M. B. F., Munhoz, I. P., & Akkari, A. C. S. (2018). Estresse e satisfação no trabalho: um estudo entre gestores da área comercial. Revista Científica Hermes, 20, 110–132. https://doi.org/10.21710/rch.v20i0.371

Edição

Seção

Artigos