Gestão estratégica no setor público:

um estudo de caso com base nas escolas de pensamento estratégico

Resumo

A Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul tem se destacado na governança pública, no Brasil, tendo atingido o conceito máximo em Gestão Pública, em 2021, em avaliação pelo Governo Federal, mesmo sem um planejamento estratégico formal em execução. Isso levou à pergunta de pesquisa: o que justificaria um desempenho elevado na gestão de um órgão público, quando inexistente um planejamento estratégico em execução? A fim de responder à questão, este artigo buscou analisar práticas de gestão da Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul, referentes a 2021, destacando elementos que justificassem um resultado tão elevado. Para isso, foram realizadas buscas em legislação pertinente, pesquisa bibliográfica, com amparo em trabalhos extraídos das bases de dados Scopus, Web of Science, Capes e Scholar Google, com especial foco nas escolas de pensamento estratégico, para análise qualitativo-descritiva, por meio de raciocínio indutivo, dos dados coletados dos documentos considerados pela instituição avaliadora, especialmente do Relatório Integral de Melhoria da Gestão do Ministério da Economia, destacando as práticas que favoreceram a boa governança. Foi possível observar que, no período mencionado, apesar da inexistência de um planejamento estratégico formal em execução, o órgão público adotou uma gestão estratégica, utilizando diferentes abordagens e apresentando características de diversas escolas do planejamento, como do design, do aprendizado, cultural e da configuração. Os achados poderão auxiliar gestores a adotarem práticas semelhantes, validando possível desmistificação da imprescindibilidade de planejamento estratégico em execução, para uma governança eficiente e transparente, demonstrando como outras abordagens estratégicas podem ser eficazes na gestão pública.